Remontam do fim do século XIX, após a Proclamação da República, os primeiros projetos de incentivo ao povoamento da região por fluxos de forasteiros. A região conhecida como Vale do Rio Uru, hoje o Distrito Agroindustrial da cidade, foi pensada originalmente como uma área destinada para fins de colonização estrangeira. No entanto, quando se efetivou de fato a primeira experiência com imigrantes no município, através da clássica chegada dos alemães à Colônia de Uvá em 1924, sequer se cogitou o uso da área citada para tal fim.
Não se sabem os motivos exatos que levaram as autoridades daquela época a instalarem os recém-chegados numa outra localização que era o dobro da distância do Rio Uru em relação à sede do município. Sabe-se que na década de 20, após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), ainda existia entre os brasileiros um certo sentimento de “germanofobia” (aversão ao povo alemão), devido ao fato das duas nações terem apoiado lados opostos durante aquele conflito e, por isso, pode ser que a comunidade vilaboense os quisesse manter a uma certa distância segura do perímetro urbano.
Podendo talvez seguir a mesma linha de raciocínio a vizinha Itaberaí (ex-distrito vilaboense) que também procurou manter fora de seu núcleo urbano os grupos de imigrantes poloneses que para lá rumaram após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945); provavelmente as autoridades locais eram movidas pela desconfiança de quem estava vindo de um país recentemente dominado pelo socialismo da União Soviética (URSS), dentro do contexto da Guerra Fria.
E pouco foi falado da presença de missionários protestantes ingleses, no início do século XX, que ficaram relegados à conversão das populações mais periféricas da antiga capital goiana, inclusive muito atuantes nas populações carcerárias do período.
Já no século XXI se passou quase que por desapercebida a presença de imigrantes árabes muçulmanos na vizinha cidade de Mozarlândia (também ex-distrito da capital), que vinham como representantes de grupos negociantes que procuravam averiguar os critérios rigorosos para o correto procedimento de abate, processamento e transporte da carne bovina do Vale do Araguaia para o Oriente Médio.
Atualmente, dentro do contexto de um planeta pandêmico e em crise econômica e social em diversas nações, é eminente o afluxo de imigrantes que já acorrem às terras goianas em busca de condições dignas de sobrevivência em um novo estilo de vida num país estranho. Seria o caso de: haitianos, angolanos, venezuelanos, bolivianos, dentre outros.
E, a questão que fica seria como a sociedade goiana, e vilaboense em específico, saberá lidar com este grande desafio humanitário. Afinal, sendo lembrado como “celeiro do mundo” e terra sem conflitos ou cataclismas a aldeia global cada vez mais irá olhar com mais atenção para estas paragens do sertão de Goiás. Esta terra incógnita.
Podendo talvez seguir a mesma linha de raciocínio a vizinha Itaberaí (ex-distrito vilaboense) que também procurou manter fora de seu núcleo urbano os grupos de imigrantes poloneses que para lá rumaram após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945); provavelmente as autoridades locais eram movidas pela desconfiança de quem estava vindo de um país recentemente dominado pelo socialismo da União Soviética (URSS), dentro do contexto da Guerra Fria.
E pouco foi falado da presença de missionários protestantes ingleses, no início do século XX, que ficaram relegados à conversão das populações mais periféricas da antiga capital goiana, inclusive muito atuantes nas populações carcerárias do período.
Já no século XXI se passou quase que por desapercebida a presença de imigrantes árabes muçulmanos na vizinha cidade de Mozarlândia (também ex-distrito da capital), que vinham como representantes de grupos negociantes que procuravam averiguar os critérios rigorosos para o correto procedimento de abate, processamento e transporte da carne bovina do Vale do Araguaia para o Oriente Médio.
Atualmente, dentro do contexto de um planeta pandêmico e em crise econômica e social em diversas nações, é eminente o afluxo de imigrantes que já acorrem às terras goianas em busca de condições dignas de sobrevivência em um novo estilo de vida num país estranho. Seria o caso de: haitianos, angolanos, venezuelanos, bolivianos, dentre outros.
E, a questão que fica seria como a sociedade goiana, e vilaboense em específico, saberá lidar com este grande desafio humanitário. Afinal, sendo lembrado como “celeiro do mundo” e terra sem conflitos ou cataclismas a aldeia global cada vez mais irá olhar com mais atenção para estas paragens do sertão de Goiás. Esta terra incógnita.
Por José Maria
Sociólogo e Professor
Sociólogo e Professor
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