Nos pênaltis, chorado e com um herói. No confronto das equipes que
brigam na parte de baixo da tabela do Campeonato Brasileiro, o goleiro
Márcio defendeu duas cobranças, balançou a rede, e elevou o Atlético-GO
ao posto de time internacional. Na noite desta quarta-feira, no Orlando
Scarpelli, em Florianópolis, o Dragão precisou buscar o empate em 1 a 1
contra o Figueirense e passar pelas cobranças da marca da cal para
avançar às oitavas de final da Copa Sul-Americana. Pela primeira vez, o
clube vai disputar um jogo fora do Brasil.
No tempo regulamentar, Tulio marcou para os alvinegros na primeira
etapa, e Gustavo empatou na segunda. Nas penalidades, Fernandes e João
Paulo perderam as cobranças por parte dos mandantes. Marcos, pelos
goianos, também falhou. Mas Patric conferiu, fechando o placar em 4 a 2.
Com a vitória, o Atlético-GO avança para a próxima fase e agora
espera o vencedor do confronto entre Universidad Católica, do Chile, e
Tolima, da Colômbia. As duas equipes fazem a primeira partida na próxima
quarta-feira, dia 29. As datas para a fase de oitavas de final ainda
não foram definidas.
Primeiro tempo de Aloisio e gol do capitão Tulio
Primeiro tempo de Aloisio e gol do capitão Tulio
Aloísio dominou o início das ações na primeira etapa. Em 14 minutos,
levou perigo quatro vezes. Aos 6 e aos 12, com chutes de fora da área,
ambos passando à direita do gol de Márcio. O ‘Boi Bandido’ ainda teve
outras duas chances. Em uma, fez boa jogada individual, chegou no bico
da área, mas tentou encontrar Lazaroni, que não chegou a tempo para
finalizar. Em outra, recebeu dentro da área, mas foi travado por Dodó na
hora do chute.
A partir dos 15 minutos, o Dragão começou a ter mais posse de bola e
dominar os lances ofensivos. Aos 16, Patric e o volante Dodó tabelaram e
o último cruzou, mas o goleiro Ricardo interveio. Em seguida, o
atacante atleticano teve boa oportunidade, mas cabeceou fraco e o
arqueiro alvinegro fez a defesa com tranquilidade. Por último, Felipe
quase saiu na cara do gol, mas outra vez o camisa 12 do Figueirense
chegou na hora certa para cortar.
O jogo seguia equilibrado. Com alternâncias de pressão no ataque, mas
sem chances reais de gol. E, a partir dos 25, os anfitriões voltaram a
pressionar os goianos. Aos 27, Ronny teve grande oportunidade, após
passe de Aloísio. De primeira, ele emendou o chute de fora da área, mas
Márcio caiu para ficar com a bola. Aos 34, o goleiro do Dragão precisou
sair no pé de Aloísio para evitar o pior. Dois minutos depois, porém, o
arqueiro atleticano não conseguiu chegar nela: gol de Túlio.
Caio, caindo pela direita, tentou encontrar o centroavante do
Figueira dentro da área. A zaga do Dragão se atrapalhou e a bola sobrou
para o capitão Tulio chutar, mascado, no canto direito e sem chances
para o goleiro Márcio: 1 a 0 Figueirense.
O gol animou a equipe de Florianópolis. Nos minutos finais da
primeira etapa, Fred e Doriva chegaram com perigo ao gol de Márcio. De
falta, o zagueiro do Figueirense soltou uma bomba e quase ampliou. Já o
volante improvisado na lateral direita, em jogada individual, invadiu a
área e chutou cruzado, com perigo para a meta de Márcio.
Empate atleticano e festival de bolas aéreas
A segunda metade da partida no Orlando Scarpelli começou truncada.
Com muitas faltas, dois jogadores receberam cartões amarelos nos
primeiros nove minutos. Almir, que tinha acabado de entrar na partida,
conseguiu ser advertido com apenas quatro minutos em campo. Aos nove,
Gustavo, pelo lado do Atlético-GO, também foi amarelado.
O zagueirão atleticano, porém, cinco minutos depois de receber a
advertência do juiz, se redimiu. Após o cruzamento em cobrança de falta
de Marcos, ele apareceu por trás da zaga, na segunda trave, e encobriu o
goleiro Ricardo no cabeceio. Jogo empatado, que levaria a decisão para
os pênaltis.
A partir do gol, o Figueirense se lançou ao ataque para tentar
definir a partida com a bola rolando. E, logo aos 19, um lance polêmico
rendeu muitas reclamações por parte da torcida local. Aloisio caiu
dentro da área em disputa com o autor do gol do Dragão, o zagueiro
Gustavo. O juiz mandou o lance seguir. Ainda aos 33, Aloisio apareceu
mais uma vez. O atacante arriscou em diagonal, da entrada da área,
exigindo que Márcio se esticasse para colocar a bola pela linha de
fundo.
Já o Dragão tentava sair nos contra-ataques. Mas esbarrava nos erros
de toque de bola e se limitava nas bolas aéreas, em escanteios e faltas
cobradas na área, como no lance do gol de empate. Aos 38, Reniê subiu
mais alto que todo mundo, mas, de cabeça e sem força, a bola ficou fácil
para a defesa de Ricardo.
Na medida em que o cronômetro avançava, o Figueira começava a apelar
para o chuveirinho. Aos 40, Almir sobiu de cabeça dentro da área
atleticana, mas, sem capricho, a bola saiu pela linha de fundo. O
zagueiro Fred também desperdiçou duas boas cobranças de falta na
barreira.
Aloisio ainda teve a bola do jogo em seus pés. No primeiro minuto de
acréscimo, o camisa 9 sambou na frente do zagueiro, puxou em direção a
linha de fundo, mas deu um meio chute meio cruzamento, que saiu do outro
lado, pela lateral.
Herói e tiro no pé
Sem tempo para mudar a partida, o ténico do alvinegro, Hélio dos
Anjos, lançou o experiente meia Fernandes no finalzinho do segundo tempo
apenas para as cobranças de penalidades. O que acabaria se tornando um
tiro no pé. O placar fechou em 1 a 1, mesmo resultado da primeira
partida em Goiás, e foi para a decisão na marca da cal para tonar o
goleiro Márcio um herói do Dragão.
Descansado, mas frio, o ídolo e maior artilheiro da história do
Figueirense, Fernandes disperdiçou a segunda cobrança do Figueirense.
João Paulo, na quarta cobrança do time da casa, também perdeu. Márcio
defendeu as duas cobranças e ainda converteu o seu. Patric sacramentou a
vitória nas penalidades. Placar de 4 a 2, para delírio atleticano, que
passa às oitavas de final da Copa Sul-Americana e faz história: será a
primeira partida internacional do clube.
Por: MauricioDias
Fonte: GoiáséDemais
Fonte: GoiáséDemais
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